CALMS – O conceito por trás do DevOps.

Se você nunca ouviu falar e não tem a mínima ideia do que possa ser o "CALMS", saiba que esta é a linha que separa um jovem "Padawan" de um Mestre Jedi.

CALMS – O conceito por trás do DevOps.

Se você nunca ouviu falar e não tem a mínima ideia do que possa ser o "CALMS", saiba que esta é a linha que separa um jovem "Padawan" de um Mestre Jedi. Muitos já conhecem os benefícios proporcionados pelo conceito DevOps e a sua importância no crescimento sustentável de qualquer negócio, mas são poucos os que de fato conseguem manipular a força com maestria, tirando dela todo o seu potencial.

DevOps é bem mais do que simplesmente um método para aumentar a velocidade de deploy, monitoramento e automação de processos. DevOps traz para as organizações a base necessária para a tão desejada transformação digital.

Apresentando o "CALMS":

CALMS é um acrônimo em inglês para Culture (Cultura), Automation (Automação), LeanIT, Measurement (Mensuração) e Sharing (Compartilhamento). O termo surgiu entre 2008-2009 e foi creditado ao Jez Humble, co-autor de “O manual DevOps”, porém outras pessoas participaram do processo de criação do framework, como Jene Kim.

A ideia na sua concepção era quebrar a barreira existente entre os Desenvolvedores e a Operação, que muitas vezes possuíam gestores, metas, prazos e indicadores totalmente diferentes. Devido aos constantes atritos entre os dois setores, foi criado o termo DevOps.

Notem que todos os itens do acrônimo se correlacionam e por isso criam uma base tão firme para a transformação almejada pelas empresas.

A seguir, vou dar uma breve apresentação sobre o significado de cada letra do acrônimo e como elas se relacionam.

CULTURE

Com certeza você já viu ou ouviu em algum lugar que “Devops não é uma ferramenta, mas uma cultura” e existe uma explicação para isso. Não há uma letra "F" ou "T"de Tools no acrônimo "CALMS". As ferramentas fazem parte da cultura organizacional, ou seja, é uma relação direta como a empresa produz, versiona e entrega seu software/aplicação.

Cultura visa tratar o relacionamento interpessoal dos times. Portanto, tem haver como os profissionais se relacionam, se organizam quais canais e metodologias ágeis são mais adequadas. Tudo isso junto forma a cultura organizacional de desenvolvimento e operação, é um ponto que requer maior atenção na transformação digital da empresa. Uma cultura ruim influência diretamente na qualidade dos resultados entregues.

AUTOMATION

O foco aqui é automatizar ao máximo as etapas do fluxo de criação, evitando erros humanos, documentando e padronizando cada passo do processo, é aí que entram os pipelines.

Pipeline é a palavra do momento, contudo quaisquer outras automações que auxiliem neste processo também são bem-vindas. A automatização de um fluxo de entrega de software deve ser construído com muita cautela e atenção, para que não haja gaps, nem que permita que o software seja apresentado com defeitos.

LEAN IT

Não adianta automatizarmos tudo e ter uma excelente cultura organizacional, se não soubermos quais são os nossos gargálos no processo. O Lean IT nos ajuda a desenhar melhor as etapas de entrega de valor da empresa. Com os processos mapeados, podemos entender e identificar quais pontos estão tomando mais tempo ou causando retrabalho.

Com os gargalos identificados, podemos otimizar o fluxo, entregando mais velocidade e maior eficiência.

MEASUREMENT

Mensurar o seu ambiente e gerar feedback é importante para entender o que realmente acontece no seu software. Além de gerar conhecimento, cria previsibilidade sobre possíveis incidentes ou desastres que possam vir a surgir. Com logs e dashboards temos insumos suficientes para analisar falhas e gerar melhorias constantemente.

É imprescindível mensurar os diversos níveis que sua aplicação possa ter, desde containers e servidores, até regras de negócio, para garantir que sua aplicação esteja cumprindo os requisitos mínimos de disponibilidade.

SHARING

O compartilhamento de informações organizacionais auxilia na descentralização de conhecimento em pessoas dos times, evitando que os processos se tornem dependentes. Desta maneira, a saída de um colaborador não impacta no funcionamento do fluxo, garantindo que ele seja autossustentável.

Outro ponto é o nivelamento de conhecimento nos times. Compartilhar o conhecimento auxilia na criação de times genéricos, que possuem conhecimentos básicos em diversos assuntos presentes no seu dia-a-dia. Desta forma, o time também se torna autossustentável e capaz de manter a sua aplicação de maneira autônoma.

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Conclusão
Note que todos os pontos citados acima se conectam e se entrelaçam em seus conceitos e conforme citado acima, é exatamente o que cria a sólida base para a transformação digital e cultural.

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